MME e Cepel firmam convênio para seleção de novos sítios nucleares no Brasil

O Ministério de Minas e Energia (MME) e o Cepel assinaram, na primeira semana de janeiro, convênio no valor de R$ 7 milhões de reais para seleção de novos sítios nucleares no Brasil. O acordo está alinhado à política de expansão da energia nuclear na matriz energética nacional para atender à expansão do sistema elétrico brasileiro no longo prazo. O Plano Nacional de Energia – PNE 2050 prevê que o país, hoje com 1,9 GW de capacidade instalada de geração nuclear, atinja a capacidade instalada de 8 GW a 10 GW na fonte nas próximas décadas.

Pelo acordo, o Cepel fornecerá assessoramento técnico ao MME, analisando, em uma primeira etapa, a necessidade de complementação ou revisão de critérios utilizados nos estudos conduzidos pela Eletronuclear com o Garta/Coppe nos anos de 2009 e 2010 para a escolha de novos sítios. Para tanto, o Centro utilizará versão mais recente do “Guia de Localização, Seleção do Local e Critérios de Avaliação para uma Solicitação de Permissão Antecipada”, lançada em 2015 pelo Electric Power Research Institute (Epri), e considerada padrão para este tipo de estudo.

“O PNE 2050 confirmou a indicação de potencial interesse na expansão da geração nuclear no Brasil, mas revelou um panorama geoespacial distinto do considerado pela Eletronuclear em 2009-2010, principalmente em face do crescimento acelerado da geração eólica e solar no subsistema Nordeste. Portanto, é importante revisar o estudo de localização de novos sítios para instalação de usinas nucleares, considerando as perspectivas energéticas e de mercado indicadas no PNE 2050, bem como as recomendações da nova edição do guia do Epri”, avalia a Diretoria Executiva do Cepel.

O planejamento do trabalho para as próximas etapas prevê o desenvolvimento do processo de seleção de local, com foco na necessidade de complementação ou revisão de fatores de adequação e preferências. Além disso, deverão ser realizados estudos do Sistema Interligado Nacional (SIN), para avaliar sua capacidade de transmissão e o escoamento da potência a ser gerada nos potenciais locais indicados para a instalação das novas usinas nucleares.

Estes estudos elétricos serão realizados com a solução Cepel Anarede, voltada ao cálculo de fluxo de potência e amplamente utilizada no setor elétrico nacional. Nesta atividade, será estabelecido um subconjunto de locais mais promissores para serem analisados de forma aprofundada, bem como a definição das possíveis capacidades de geração do futuro complexo nuclear. A partir destes resultados, serão ainda avaliadas, do ponto de vista socioambiental, diferentes traçados de corredores de transmissão, utilizando o sistema Ambientrans, também desenvolvido pelo Cepel.

O convênio firmado terá duração de 36 meses, a contar de sua publicação no Diário Oficial da União.

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