Taesa e Cepel avaliam equipamentos elétricos da Linha Norte-Sul por meio de nova metodologia

A Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A – Taesa e o Cepel empreenderam uma campanha de medição inédita para avaliação d​e equipamentos elétricos de alta tensão para um dos mais importantes troncos de transmissão do sistema elétrico brasileiro, a interligação Norte-Sul. Com aproximadamente 1.300km de extensão, as linhas conectam a Subestação Imperatriz, no Maranhão, à Subestação Samambaia, no Distrito Federal, passando por mais quatro subestações com classe de tensão de 500kV

A metodologia desenvolvida e aplicada engloba avaliação de descargas parciais por emissão acústica e medição elétrica – através de transformadores de corrente de alta frequência, o HFCT, com o objetivo de diagnosticar anormalidades em disjuntores da classe de 500kV isolados a gás SF6, modelo “dead tank”, um tipo não muito comum no sistema elétrico brasileiro. 

“É o primeiro relato, no Brasil, de um trabalho desta magnitude, na abrangência e no número de amostras. Espera-se que os resultados sejam úteis à Taesa, que poderá priorizar as manutenções, e certamente irá contribuir para a empresa manter os altos níveis de disponibilidade e confiabilidade dos seus ativos”, ressalta o pesquisador do Cepel Hélio Amorim, gerente do projeto e idealizador da metodologia empregada.

Ao todo, foram avaliados 51 polos de disjuntores nas subestações que compõem a linha de transmissão. De acordo com Hélio, a atividade representou desafios. “O primeiro trata do ineditismo. Quando nos comprometemos a realizar algo jamais feito – no caso, uma medição envolvendo emissão acústica e medição elétrica -, sempre há o temor de que a eficiência almejada não seja alcançada. Já o segundo desafio diz respeito à logística diante do quadro pandêmico atravessado pelo Brasil. Para atingir cada uma das subestações, foi necessário um planejamento arrojado e detalhado, pois foram, aproximadamente, 20 dias na estrada e diversas horas ao volante”.


Hélio explica que, para cada conjunto de três polos de disjuntores, a atividade previa 90 minutos de avaliação por emissão acústica e quatro horas de avaliação pelo método elétrico. Os períodos foram estabelecidos diante das circunstâncias e da experiência em outras atividades que envolviam uma ou outra técnica de medição. Após o processo de coleta de dados realizado no campo, estima-se que mais de 400 horas de informações tenham sido armazenadas e processadas pelo Cepel, fornecendo mais consistência à análise e ao diagnóstico.

O pesquisador comenta sobre como as duas metodologias, acústica e elétrica, responderam conjuntamente. “Foi como se tivéssemos dois médicos especialistas para tratar de um paciente. Certamente a experiência e o conhecimento agregado de ambos tendem a aumentar a eficiência do diagnóstico, possibilitando um detalhamento ainda maior das causas e os possíveis tratamentos a serem oferecidos ao paciente,” compara. “Já prevíamos essa complementariedade, mas quando ela se concretiza, é algo que realmente comove o profissional envolvido no assunto, pois demonstra que estamos no caminho certo na evolução das técnicas preditivas de equipamentos elétricos de alta tensão”, complementa.


Participaram das atividades, pelo Cepel, Hélio Amorim e Paulo Roberto de Oliveira. Pela Taesa, participaram Richard Salomé, Fernando Tiradentes, Demba Ndiaye, além dos profissionais de cada uma das subestações, que deram suporte fundamental à realização das atividades.

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